quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Na (Escura)Sala de Edição

Após o término das gravações fomos para a produtora Plano 9 munidos de pelo menos uma dezena de fitas com todo o material captado meses antes. Passamos alguns dias apenas organizando os planos e capturando somente o material que houvesse possibilidade de ser aproveitado. Conversei algumas vezes com o Sergio (Ortencio) sobre o ritmo que o filme deveria ter, os respiros e alguns possíveis cortes. Pré-editamos tudo em poucos dias e fechamos o primeiro corte que acabou ficando, como sempre, longo demais. Quase trinta minutos. Precisávamos tirar o excesso, as redundâncias e tudo que não tivesse algo a acrescentar ao entendimento da história. Cortamos um diálogo longo na segunda parte, e depois disso percebemos que o ritmo havia melhorado, criando uma unidade melhor com o restante do material.

Uma ou duas semanas se passaram quando revimos a edição, fizemos mais algumas mudanças e saí de lá com o filme "fechado". As aspas são necessárias, pois após mostrar o corte pro Walkir, este ficou com uma pulga atrás da orelha, com uma sensação de "faltou alguma coisa". Eu, Tiago, Walkir e Sandro (amigo-consultor-artístico) discutimos uma noite sobre as diferentes possibilidades de melhorarmos a primeira parte do filme, aquela que estávamos ligeiramente incomodados. Realmente eu achava que estava faltando alguma mudança na edição, algo que fugisse um pouco do roteiro, mas que funcionasse na tela. Quando fui ao banheiro, tive uma idéia que me pareceu um pouco absurda na hora, mas que se confirmou plausível no momento que voltei para sala onde estavam todos. Sugeri que mudássemos radicalmente o início do filme, simplificando um pouco os acontecimentos, e com isso, ganharíamos também no tempo total (que ainda estava longo). Saí de lá mais confiante e já no dia seguinte fiz as alterações em casa. Chamei os três lá e fechamos a edição neste último corte.

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